Ghouta, uma área suburbana de Damasco está a ser afetada por uma crise humanitária sem precedentes.
A área é controlada por rebeldes e é alvo, regularmente, das forças do regime de Bashar al-Assad, bem como dos seus aliados russos.
Há um mês, uma foto de uma menina malnutrida de 34 dias, nascida na região, emocionou todo o mundo.
Vários camiões que carregavam ajuda humanitária forammandados para a cidade principal, Douma. Mas a situação continua crítica.
Entre 360 mil e 400 mil pessoas ainda estão presas neste enclave. Destes, 130 mil têm menos de 16 anos.
O encerramento do acesso às autoridades aumentou o preço dos alimentos na região.
“O preço de pão aumentou 35 vezes, o preço da farinha aumentou de +174 para +390% desde janeiro deste ano. Para além disso, os preços dos combustíveis também aumentaram e o acesso à água e à eletricidade são limitados”, explica SébastienFresnau, diretor do programa sírio da ONG Care.
A situação tornou-se tão preocupante que algumas famílias estão mesmo a comer feno, que normalmente é destinado aos animais.
“Nada está a melhorar. A situação piora todas as semanas, e nas últimas duas semanas morreram quatro crianças, três sofriam de malnutrição e uma tinha uma doença cardíaca”, diz Nivin, residente da região.
Segundo ela, a ajuda seria insuficiente tendo em conta as verdadeiras necessidades da população local. Muitos dos centros de saúde também foram destruídos pelas forças do regime.
O regime de Bashar al-Assad e os seus aliados também continuam a bombardear a região para superar a resistência dos rebeldes.
“No mês passado, várias crianças e professores foram mortos numa escola destruída pela artilharia de al-Assad”, disse Nour Adama, jornalista independente da região.
Fonte: ayoyemonde · Crédito foto: ayoyemonde